Entre as principais preocupações dos agricultores franceses estão a precariedade de sua profissão, o aumento das exigências dos padrões ambientais da União Europeia e a concorrência desleal que surge de países fora do continente europeu. Em relação a essa última questão, o presidente do sindicato agrícola da França, Arnaud Rousseau, ressaltou a importância de debater as questões globais, como os preços e o livre comércio, mencionando também a influência da Ucrânia no mercado agrícola.
Além disso, a porta-voz do governo francês, Prisca Thévenot, reiterou a posição contrária da França em relação à assinatura de um acordo comercial entre a UE e o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela). Thévenot destacou que a França continuará se opondo a esse acordo enquanto as regras de reciprocidade não forem respeitadas.
Por fim, o Eliseu, sede do governo francês, informou que a Comissão Europeia instruiu seus negociadores para encerrar as sessões de negociação que estavam em andamento no Brasil. Essa decisão foi tomada em meio à preocupação com as questões ambientais e sanitárias relacionadas à produção agrícola no Brasil.
Diante desse cenário, o anúncio das novas medidas pelo ministro Marc Fesneau é aguardado com expectativa pelos agricultores franceses, que esperam soluções para os desafios enfrentados pelo setor. Resta agora aguardar as ações que serão implementadas pelo governo nos próximos dias e o impacto que essas medidas poderão ter na comunidade agrícola do país.