Ministro critica dispêndios do fundo partidário e ironiza métodos da Lava Jato em decisão ética e jurídica no TSE

O ministro Floriano Marques Neto, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), causou polêmica ao criticar os dispêndios do fundo partidário em empresas ligadas a candidatos, durante um julgamento. Para o ministro, esses gastos são questionáveis não apenas sob o ponto de vista ético, mas também levantam dúvidas sobre a lisura das campanhas eleitorais.

Em sua argumentação, o relator do caso ironizou a abordagem da Lava Jato de Curitiba, que priorizava convicções em detrimento de provas concretas. Segundo ele, para condenar alguém por práticas ilícitas, é necessário apresentar evidências sólidas que comprovem tais condutas, e não apenas suspeitas ou indícios.

Além disso, o ministro destacou a importância de uma investigação baseada em provas robustas, e não em especulações ou inferências. Ele ressaltou que a condenação de alguém com base em meras ilações não condiz com a postura esperada de um judiciário justo e imparcial.

A crítica do ministro também se estendeu ao comportamento ético de alguns candidatos durante a pré-campanha. Ele mencionou a atitude do ex-juiz Sergio Moro, que procurou o ministro do STF Gilmar Mendes em busca de apoio político. Mendes, por sua vez, fez duras críticas à atuação de Moro na Lava Jato, chegando a afirmar que o ex-juiz e o ex-procurador Deltan Dallagnol “roubavam galinhas juntos”.

Diante dessas declarações, fica evidente a tensão e desconfiança que permeiam o cenário político nacional, reforçando a necessidade de uma postura transparente e ética por parte dos agentes públicos. A conduta dos políticos e das instituições envolvidas nas eleições deve ser pautada pela honestidade e respeito à democracia, evitando qualquer tipo de desvio ou irregularidade que possa comprometer a lisura do processo eleitoral.

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