Ministro Barroso intima governo de São Paulo a se manifestar sobre mudanças na contratação de câmeras corporais da PM em ação judicial

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, emitiu uma intimação ao governo de São Paulo, nesta quarta-feira (29), para se pronunciar sobre a ação que contesta as mudanças no edital de contratação de câmeras corporais da Polícia Militar. O prazo estabelecido para a manifestação é de 72 horas. Além do governo paulista, a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público local também deverão se manifestar sobre o caso.

A iniciativa de Barroso ocorre após a Defensoria Pública de São Paulo e outros órgãos terem protocolado uma petição na segunda-feira (27), solicitando a revisão do edital e alertando para os possíveis riscos de precarização do programa. O ministro determinou que as manifestações abordem a existência de uma política pública que priorize a alocação das câmeras em unidades da PM atuantes em operações, a necessidade de gravações contínuas, a redução dos prazos de armazenamento das imagens e a adequação do modelo de contratação às diretrizes estabelecidas pelo Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.

Um dos pontos mais controversos é a possibilidade de acionamento das câmeras pelos próprios policiais ou pelo Copom (Centro de Operações da Polícia Militar). Atualmente, a PM de São Paulo conta com 10.150 câmeras corporais em sua equipe. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que seguirá as diretrizes do Ministério da Justiça.

Essa ação tem gerado debates acalorados sobre a segurança pública e o uso da tecnologia no ambiente policial. Com a expectativa das manifestações das partes envolvidas, o desfecho desse caso pode ter repercussões significativas para a Polícia Militar de São Paulo e para as políticas de segurança do estado. Vamos aguardar os desdobramentos dessas manifestações e a decisão que será tomada pelo STF.

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