Ministro Alexandre de Moraes derruba perfis e conteúdos na internet baseado em órgão criado por ele no TSE.

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), tem sido alvo de polêmicas em decorrência de suas decisões em relação à exclusão de conteúdos na internet. Recentemente, foi divulgado um relatório por uma comissão do Congresso dos Estados Unidos, revelando que Moraes derrubou perfis e determinou a retirada de conteúdos com base em pedidos feitos por um órgão criado por ele após assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A criação da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, em 2022, foi uma iniciativa de Moraes, que designou o delegado da Polícia Federal José Fernando Chuy para chefiar o setor. Essa assessoria tinha como atribuição monitorar as redes sociais, identificar publicações consideradas “irregulares” e encaminhar os casos para a avaliação do ministro, que então determinava a remoção do conteúdo com urgência.

Além disso, o trabalho da assessoria contribuiu para impulsionar inquéritos do STF que investigam a disseminação de fake news e supostas tentativas de golpe de Estado por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O relatório da comissão do Congresso dos EUA também revelou que Moraes baseou pelo menos uma decisão no STF nos pedidos feitos pelo órgão do TSE e encaminhou casos da corte eleitoral para os inquéritos em andamento no Supremo.

Essas ações de Moraes têm gerado repercussão, especialmente entre apoiadores de Bolsonaro, que criticam a atuação do STF e defendem a instauração de uma CPI para investigar as decisões do ministro. Por outro lado, aliados do presidente Lula tentam minimizar as críticas e o impacto político dos documentos revelados no relatório da comissão parlamentar dos EUA.

Diante dessas controvérsias, o Supremo emitiu uma nota esclarecendo que todas as decisões tomadas pela corte são fundamentadas e respeitam a Constituição, garantindo que as partes envolvidas têm acesso à justificativa das medidas adotadas. O relatório da comissão parlamentar dos EUA, intitulado “O ataque contra a liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil”, revelou detalhes das ordens emitidas por Moraes e do funcionamento da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação.

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