Para a ministra, o Brasil tem um papel fundamental nesse contexto e, por isso, tem liderado as discussões sobre o tema durante sua presidência temporária no G20. Marina destacou a importância de os países ricos assumirem a dianteira nesse desafio, mas ressaltou que todas as nações têm responsabilidades a cumprir nesse sentido.
Durante seu discurso, Marina criticou o atual cenário em que o mundo destina trilhões de dólares anualmente para finalidades que vão contra os objetivos de combate às mudanças climáticas, enquanto se mostra incapaz de alocar apenas 100 bilhões de dólares no fundo para auxiliar os países de renda média baixa na transição energética. A ministra apontou indiretamente os gastos excessivos com armamentos como um dos principais obstáculos para a destinação de recursos para a questão climática.
Marina também ressaltou a importância do G20 nesse contexto, uma vez que o bloco detém 80% dos recursos financeiros do planeta e é responsável por 80% das emissões de carbono globais. A ministra citou exemplos recentes de eventos climáticos extremos no Brasil, como as enchentes no Rio Grande do Sul, os incêndios no Pantanal e a seca que afeta os rios Solimões e Madeira, para destacar a urgência da situação.
Em seu discurso, Marina enfatizou a necessidade de os esforços locais se converterem em esforços globais e defendeu um maior financiamento para enfrentar a crise climática. Ela destacou a importância de recursos públicos catalisarem os recursos privados nesse processo, ressaltando a importância da cooperação entre os setores público e privado para alcançar resultados significativos na luta contra as mudanças climáticas.
Portanto, a fala da ministra Marina Silva reforça a necessidade de uma ação conjunta e urgente por parte de todas as nações para combater as mudanças climáticas e promover um desenvolvimento sustentável em nível global.