O ex-presidente enfatizou a importância de não provocar o caos, reforçando que são pessoas civilizadas e devem aguardar até as eleições de 2025 para buscar uma solução. No entanto, ele também fez uma advertência às autoridades, destacando que, se necessário, as coisas poderiam tomar um rumo inesperado.
Bouterse aproveitou a ocasião para reafirmar sua posição de que o processo judicial movido contra ele é um “julgamento político”, alegando que a Holanda, ex-potência colonial, conspirou contra ele. Ele fez um apelo para que a juíza encarregada do caso mantenha o bom senso em sua decisão, evitando consequências prejudiciais para o país.
Vale ressaltar que Desi Bouterse tem um histórico conturbado, tendo sido responsável por dois golpes de Estado, em 1980 e 1990, antes de ser eleito presidente do Suriname em 2010, permanecendo no poder até 2020. A situação se tornou ainda mais complicada quando a Interpol emitiu um mandado de prisão contra ele, após ter sido condenado a 11 anos de prisão em 1999, nos Países Baixos, por tráfico de cocaína. No entanto, sua condição de presidente na época da sentença impediu sua extradição.
O clima de apreensão e a mobilização de seus partidários refletem a polarização e a divisão que marcam a política no Suriname, lançando dúvidas sobre o futuro do país e o desfecho do caso de Desi Bouterse. A sinalização de que as coisas podem sair do controle traz preocupações sobre a estabilidade política e social da nação.
A situação de Desi Bouterse continua a provocar debates e incertezas, com possíveis desdobramentos que devem ser acompanhados de perto nos próximos meses. A história conturbada do ex-presidente e a mobilização de seus partidários mostram que a política no Suriname está longe de encontrar uma resolução definitiva.