O Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu hoje o mandado de prisão preventiva contra Emilio, um médico que está sendo acusado de levar pacientes para um setor distante da presença da equipe para cometer atos indevidos. De acordo com o MPRJ, ele orientou as pacientes a tirarem a roupa e se deitarem de bruços, para que pudesse ‘ministrar’ suposto medicamento pela via retal, chegando a introduzir seu dedo em uma delas. O órgão sustentou à Justiça que, em liberdade, Emilio poderia continuar atuando criminosamente e tendo acesso a potenciais vítimas. Além disso, a medida é um resguardo às vítimas que estão contribuindo com a ação penal.
Emilio irá responder pelos crimes de violação sexual mediante fraude, agravada pelo fato de ter sido cometida contra enfermos. A promotoria não descarta a existência de outras vítimas do médico denunciado. Eventuais relatos podem ser comunicados por meio da Ouvidoria, pelo telefone 127 ou através do formulário eletrônico disponível no site do MPRJ.
Diante da situação, o UOL tentou localizar a defesa do profissional, mas até o momento não obteve êxito. A prisão do médico é um caso que chama a atenção para a importância de denunciar casos de violência sexual e abuso de poder, especialmente em ambientes de atendimento médico, onde os profissionais têm o dever de cuidar e proteger seus pacientes.
As vítimas que sofreram com o ato abusivo devem ter coragem de denunciar, para que o médico seja devidamente responsabilizado por seus atos e para que outras possíveis vítimas não sofram as mesmas violações. A prisão do médico é um passo importante no processo de justiça e serve como um alerta para que outros profissionais que abusem de seu poder saibam que não ficarão impunes.
É importante que a sociedade esteja atenta e que as instituições adequadas ofereçam todo o apoio às vítimas de violência sexual e médica, para que possam se sentir seguras ao denunciar e para que haja punição aos responsáveis por esses atos abomináveis.