A pressão para ser uma mãe perfeita, sempre disponível e com filhos impecáveis, também influencia a decisão sobre a maternidade. A noção de que as mulheres são naturalmente cuidadoras, responsáveis por atender às necessidades dos filhos, maridos, pais e irmãos, é criticada por Iaconelli em seu livro “Manifesto Antimaternalista”. Essa visão tradicional limita a liberdade das mulheres em fazer escolhas que estejam alinhadas com seus desejos pessoais.
O relógio biológico muitas vezes pressiona as mulheres a tomar uma decisão sobre a maternidade o quanto antes, mas é importante ressaltar que é possível adiar essa escolha e priorizar outros planos sem desistir da possibilidade de ser mãe. Atualmente, no Brasil, as estatísticas mostram um aumento no número de mulheres que têm filhos depois dos 30 anos, indicando uma mudança nos padrões de maternidade.
A decisão de ser mãe deve ser protagonizada pela mulher, embora o diálogo com o parceiro seja relevante. Visualizar o futuro com filhos, questionar as motivações por trás desse desejo, estar presente emocionalmente e avaliar o momento certo para a maternidade são aspectos importantes a serem considerados. Conversar com outras mães e buscar experiências reais também auxilia na reflexão sobre os desafios e recompensas da maternidade.
Portanto, a decisão de ser mãe ou não deve ser uma escolha consciente, livre de pressões externas e alinhada com os desejos e objetivos pessoais de cada mulher. A maternidade é uma jornada única e desafiadora, que merece ser vivenciada com autenticidade e liberdade de escolha.