De acordo com fontes próximas à secretária, a saída foi de comum acordo e Marta afirmou que seguirá “caminhos coerentes” com sua trajetória. No entanto, a demissão veio após uma série de eventos que culminaram nesse desfecho. Marta havia manifestado ao presidente Lula seu interesse em ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo.
O prefeito Nunes, que é pré-candidato à reeleição, se reuniu com Marta na prefeitura por cerca de duas horas. A secretária saiu sem falar com jornalistas e não comentou o assunto. O encontro também contou com a presença do secretário de Governo, Edson Aparecido (MDB), e o marido da ex-prefeita, Márcio Toledo.
O desenrolar dos acontecimentos indica que a decisão de demitir Marta foi motivada por novas evidências de que ela estaria planejando migrar para a campanha de Boulos sem o conhecimento do prefeito. Segundo aliados, Nunes perdeu a confiança em Marta após essas informações virem à tona.
Além disso, a possibilidade da volta de Marta ao PT para ser vice de Boulos já vinha sendo discutida nos bastidores da política há algum tempo. Desde sua saída do partido em 2015, Marta passou por outras legendas, como o MDB e o Solidariedade, e está atualmente sem partido. No entanto, sua reaproximação com Lula e o PT nos últimos anos indicava um retorno às origens.
Apesar da saída conturbada, Marta Suplicy possui uma extensa carreira política, tendo sido ministra do Turismo no segundo mandato de Lula, senadora em 2010 e ministra da Cultura no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Seu rompimento com o PT em 2015 e a subsequente votação a favor do impeachment de Dilma em 2016 foram eventos que marcaram sua trajetória política.
Agora, resta aguardar os desdobramentos dessa demissão e como ela impactará o cenário político local, com a proximidade das eleições para a prefeitura de São Paulo. A notícia certamente trará ainda mais movimentações e discussões nos próximos dias.