O evento, que aconteceu no Autódromo de Interlagos, teve uma tarde abafada e quente, apesar das nuvens que cobriam o céu da zona sul de São Paulo. Marina Sena, acompanhada de sua mãe nos bastidores, declarou que canta Gal Costa desde que nasceu e que a homenageada é a maior cantora do mundo. Ela afirmou que ensaiar o repertório de Gal foi uma verdadeira aula de canto.
Durante o show, Sena compartilhou uma história pessoal sobre como cantava emocionada a música “Mamãe Coragem” quando deixou sua cidade natal, Taiobeiras, para tentar a carreira de cantora em Montes Claros, em Minas Gerais. Atualmente em São Paulo, a artista já lançou dois discos de sucesso.
Um dos momentos mais aplaudidos do espetáculo foi quando Sena interpretou a versão em português de “Lately”, de Stevie Wonder, ao piano. Em seguida, ela emendou “Flor de Maracujá” e “Vapor Barato”, músicas de Jards Macalé e Waly Salomão eternizadas por Gal Costa.
Com seu estilo vocal agudo e anasalado, Sena conseguiu captar a essência de Gal Costa sem cair em clichês ou imitações. Sua apresentação emocionada conquistou o público e expôs a obra da baiana para uma nova geração de fãs.
O repertório do show incluiu também canções como “Baby”, “Brasil”, “Como Dois e Dois”, “Lágrimas Negras” e “Divino Maravilhoso”. Em “Meu Nome é Gal”, Marina reproduziu a performance marcante de Gal Costa, contando sua própria história durante a música. Próximo ao final, a plateia manifestou seu carinho e gritou o nome da cantora.
Os momentos mais intimistas, em que Marina Sena se apresentou acompanhada apenas por piano ou guitarra, foram os mais cativantes. Foi nesses momentos que a música se sobrepôs às distrações e ao desinteresse habitual do público do festival por artistas menos conhecidos.
Com sua interpretação emocionada e autêntica, Marina Sena prestou uma homenagem marcante a Gal Costa e conquistou o público do The Town. Sua apresentação foi um dos destaques do festival, trazendo a obra da icônica cantora para uma nova geração.