A questão da autenticidade da obra gerou controvérsias no mercado de arte, com Bergamin afirmando que a obra não passou por peritos especializados em Tarsila. Ele alega que a peça pode ser vendida para pessoas não familiarizadas com o meio artístico, mas não para colecionadores experientes.
A perícia que comprovou a autenticidade da tela não detalhou quais elementos foram considerados na análise. A família da artista e a empresa dos herdeiros divulgaram um comunicado conjunto confirmando a veracidade da obra. O perito responsável pela avaliação prometeu se manifestar sobre o caso em breve.
Datada de 1925 e pertencente à fase “Pau-Brasil” da artista, a tela teria permanecido no Líbano até 1976 e só retornou ao Brasil em 2023, de acordo com seu proprietário. A obra foi inicialmente considerada falsa por agentes do mercado de arte, sendo agora autenticada após a análise de um perito contratado pela família de Tarsila.
Tarsilinha, sobrinha-neta da artista, e Paola Montenegro, sobrinha-bisneta, estão envolvidas na decisão de autenticar a obra. Tarsilinha, com vasto conhecimento da obra de Tarsila, discorda do método de análise utilizado. Montenegro, que assumiu a gestão do espólio em 2022, é quem dará a palavra final sobre a autenticidade da obra.
O galerista Thomaz Pacheco, responsável por apresentar a obra, expressou sua satisfação com a confirmação da autenticidade, destacando o potencial da obra em aumentar o reconhecimento da principal artista brasileira. A controvérsia em torno da obra de Tarsila do Amaral traz à tona questões sobre autenticidade, valorização e legado artístico.