Em 2020, Marrocos fortaleceu seus laços com Israel, como parte de um acordo mediado pelo governo dos Estados Unidos durante a administração de Donald Trump. Este acordo incluiu o reconhecimento por Washington da soberania marroquina sobre o disputado território do Saara Ocidental. No entanto, a manifestação deste domingo evidencia a oposição de uma parte significativa da população marroquina a essa aproximação com Israel.
Além das demandas de boicote a marcas que supostamente apoiam Israel, os manifestantes também expressaram seu apoio irrestrito à causa palestina. As tensões entre Israel e Palestina se intensificaram recentemente, com ataques por parte do Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e a promessa de aniquilação por parte de Israel em resposta a esses ataques. Os números de vítimas fatais em Gaza são alarmantes, com relatos de milhares de mortos e desaparecidos em decorrência dos ataques israelenses.
Apesar da política de normalização dos laços com Israel, as autoridades marroquinas mantêm seu apoio à criação de um Estado palestino e apelam por um cessar-fogo em Gaza, bem como pela proteção de todos os civis no enclave. A manifestação deste domingo reflete a diversidade de opiniões no país em relação ao apoio a Israel e à situação do povo palestino.
Essa manifestação, que reuniu milhares de pessoas, mostra que a questão do conflito entre Israel e Palestina continua relevante e emotiva para muitos marroquinos, independentemente das decisões políticas adotadas pelo governo. A multidão expressou seu apoio incondicional à resistência palestina e sua oposição à normalização dos laços entre Marrocos e Israel, refletindo as divisões na sociedade em relação a essas questões complexas e delicadas.