Manifestantes em Tel Aviv protestam contra Netanyahu, acusado não só na Justiça, mas também pelo sequestro de cidadãos e ataques do Hamas.

Neste domingo (03/12), véspera do reinício do julgamento de Benjamin Netanyahu, dezenas de milhares de pessoas se reuniram em Tel Aviv para protestar contra o governo do premiê israelense. O protesto não se limitou apenas às acusações que Netanyahu enfrenta na Justiça, mas também o responsabilizou pelos ataques do Hamas e pelo sequestro de cidadãos israelenses em outubro.

Uma pesquisa realizada pelo diário Ma’ariv revelou que 80% dos cidadãos israelenses consideram Netanyahu o principal culpado pelos acontecimentos de outubro passado. As acusações contra o premier não se limitam apenas à esfera nacional, mas também alcançam proporções internacionais.

Além das denúncias na Justiça israelense, Netanyahu também enfrenta uma acusação no Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra cometidos durante a ofensiva militar de Israel contra Gaza. A denúncia foi apresentada pelo governo da Argélia e apoiada posteriormente pelos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

O tema foi discutido em uma reunião da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), em Istambul, durante a qual Erdogan criticou os países islâmicos que ainda não apoiaram a iniciativa argelina. O líder turco foi enfático ao dizer que considera Netanyahu “não apenas um assassino, mas também um corrupto”.

Além disso, Erdogan afirmou que Gaza é um território palestino pertencente aos palestinos e que assim permanecerá para sempre. As declarações de Erdogan demonstram o apoio internacional à denúncia apresentada contra Netanyahu, sinalizando que as acusações contra o premiê israelense têm repercussões globais.

O contexto internacional também adiciona uma complexidade adicional às acusações que Netanyahu enfrenta em nível nacional. O apoio de líderes de outros países fortalece as denúncias contra o premiê, tornando-as um ponto de discussão em esferas além das fronteiras de Israel. O julgamento recomeça em meio a um cenário de pressão internacional e manifestações populares que clamam por responsabilização. A decisão do tribunal terá impactos não apenas dentro de Israel, mas também em suas relações com outros países e organizações internacionais.

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