O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro como vencedor das eleições com 52% dos votos, enquanto a oposição denuncia fraudes e alega que o candidato antichavista Edmundo González Urrutia foi o real vencedor. A oposição liderada por María Corina Machado divulgou mais de 80% das atas de votação que indicam a vitória de González, desencadeando uma intensa disputa política.
Maduro e o CNE acusam a oposição de falsificar as atas e alegam que o sistema de votação automatizado foi alvo de um “ataque ciberterrorista”. Enquanto isso, Corina Machado convoca manifestações em mais de 300 cidades em um “grande protesto mundial pela verdade”, exortando os venezuelanos a permanecerem firmes e unidos contra a deslegitimidade do regime.
A incerteza paira sobre a participação de Corina e González nas manifestações, uma vez que ambos estão sendo investigados pelas autoridades venezuelanas por “incitação à rebelião”. O clima de instabilidade política é evidenciado pela clandestinidade dos opositores e pelas acusações de Maduro de que estão planejando um golpe de Estado.
Os protestos na Venezuela já resultaram em 25 mortes e mais de 2.400 detidos, segundo dados locais. A convocação da oposição para protestos em todo o mundo demonstra a repercussão internacional da crise venezuelana, com países se posicionando contra a vitória de Maduro e buscando uma solução diplomática para a crise.
Enquanto os apoiadores de Maduro preparam-se para manifestações em seu favor, países como Estados Unidos, União Europeia, Brasil e Colômbia lideram esforços para encontrar uma saída política para a crise. O presidente Lula (PT) recentemente criticou Maduro, classificando seu governo como autoritário.
A Venezuela vive uma fase crucial de sua história política, com manifestações pró e contra o governo de Maduro ecoando nas ruas do país e reverberando internacionalmente. O desfecho dessa crise ainda é incerto, mas a pressão política e social continua a se intensificar na nação sul-americana.