Em Paris, as participantes vestiam a cor púrpura, simbólica do feminismo, e seguiram em marcha da Praça da República até a Nation, onde foi lançado um “alerta feminista” ao som de alarmes e apitos. Os cartazes carregados pelas manifestantes traziam mensagens de repúdio, como “nem marido, nem patrão, nem Marine, nem Macron”, fazendo menção à líder do RN, Marine Le Pen, e ao presidente francês, Emmanuel Macron.
Durante o percurso, um carro de som reproduziu uma música da cantora Clara Luciani, que é co-signatária de uma petição que pede uma barreira à extrema direita nas próximas eleições. Além de Paris, cerca de cinquenta municípios franceses também realizaram manifestações semelhantes neste fim de semana, atendendo ao chamado de mais de 200 associações e ONGs, como Fundação da Mulher, Planejamento Familiar, #Noustoutes, Oxfam, França Terre d’Asile, além de sindicatos como CGT e CFDT.
Esses eventos visam chamar a atenção para a importância da defesa dos direitos das mulheres e da luta contra qualquer tipo de retrocesso ou ameaça aos avanços conquistados. A mobilização feminista se faz necessária em um contexto político em que discursos e práticas discriminatórias e machistas ainda encontram espaço, sendo fundamental a união e a resistência das mulheres em prol de uma sociedade mais justa e igualitária.