No entanto, investir para os pequenos ainda não é uma prática comum entre as famílias. De acordo com um levantamento da Serasa realizado no ano passado, 72% dos pais não realizam nenhum tipo de investimento ou poupança para seus filhos.
Nahra começou os investimentos para Henrique com Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e, posteriormente, decidiu vender as ações em nome do garoto para retomar os investimentos em renda variável em uma conta própria do filho quando ele completar 12 anos.
Além disso, a consultora financeira Yolanda Fordelone, de 37 anos, também investe no futuro de seus filhos Nicolas, de 9 anos, e Yasmin, de 2 anos. Fordelone destaca a importância de começar a investir cedo e aconselha os pais e avós a investirem visando o futuro das crianças, mesmo que seja com pequenos valores mensais.
A diversificação dos investimentos é essencial para lidar com as oscilações do mercado ao longo do tempo. Larissa Farias, planejadora financeira do C6 Bank, recomenda avaliar diferentes indexadores, analisar as ofertas das corretoras e alinhar os produtos ao perfil de investidor, seja conservador, intermediário ou arrojado.
Daniel Varajão, gerente comercial da gestora Porto Asset, destaca a importância de abrir contas em nome das crianças para facilitar as aplicações no futuro, uma vez que transferi-las posteriormente pode ser mais trabalhoso e gerar cobrança de impostos. Para os iniciantes ou perfil mais conservador, a poupança e os planos de previdência privada podem ser opções viáveis.
Em suma, investir para o futuro das crianças exige planejamento, diversificação e atenção aos diferentes tipos de investimentos disponíveis no mercado. A educação financeira desde cedo é fundamental para garantir um futuro financeiramente saudável para as próximas gerações.