Em uma declaração polêmica, Macron admitiu que a França não tem o poder de determinar sozinha o destino da negociação, mas afirmou que sempre que mostram a incoerência, são seguidos. Ele ainda afirmou que, em dezembro, o acordo esteve prestes a ser assinado, mas sua rejeição o impediu de ser concretizado. De acordo com o presidente francês, “não foi assinado por termos sido contra”.
Macron explicou que não é contra acordos comerciais, e até mesmo admitiu que irá ao Brasil em março para falar sobre a intensificação da relação entre os dois mercados. No entanto, ele ressaltou que é contra o acordo quando há uma “lei da selva”, e que se é para abrir os mercados sem respeitar as mesmas regras, ele não é a favor.
Além disso, o presidente francês criticou o modelo de acordo do Mercosul, baseado ainda em regras dos anos 90, afirmando que a União Europeia fechou acordos com Chile e Nova Zelândia, mostrando que é possível chegar a entendimentos que considerem as realidades atuais.
Para Macron, a Europa possui o melhor padrão de produção e uso de pesticidas, e que eles aplicam e investem nesse sentido. Segundo ele, é importante considerar esses aspectos na negociação de acordos comerciais.
Dessa forma, as declarações de Macron demonstram uma forte oposição ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia, sustentada na necessidade de que as regras de produção europeias sejam aplicadas aos produtos provenientes do bloco sul-americano. Sua postura mostra a importância de considerar as questões relacionadas à produção e ao comércio de forma mais abrangente e alinhada com as realidades atuais.
