Lula critica Netanyahu e denuncia genocídio na Faixa de Gaza durante reunião do G-7 na Itália.

Em meio à reunião de cúpula do G-7 no sul da Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou críticas ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em relação ao conflito na Faixa de Gaza. Durante uma coletiva de imprensa, Lula afirmou que Netanyahu não está interessado em resolver a situação na região, mas sim em “aniquilar os palestinos”.

Com um tom elevado, o presidente brasileiro reafirmou declarações anteriores feitas na União Africana, onde já havia manifestado sua posição em relação às ações de Israel. Lula destacou que o que ocorre em Gaza é mais do que um direito de defesa, tornando-se um direito de vingança por parte de Netanyahu.

Além disso, Lula desafiou o primeiro-ministro israelense a cumprir a resolução de cessar-fogo aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. A proposta inclui um período inicial de seis meses de trégua, a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos, a retirada das forças israelenses de áreas povoadas em Gaza e o retorno dos civis palestinos a todas as áreas do território.

Não apenas criticando Netanyahu, Lula também direcionou sua reprovação à Organização das Nações Unidas, por considerar que a entidade não atua de forma eficaz para resolver o conflito no Oriente Médio. Nas reuniões do G-7, o presidente brasileiro defendeu uma mudança na ONU, ressaltando a importância de respeitar as decisões dos órgãos globais ligados à entidade.

Para Lula, a resolução do conflito entre Israel e Palestina só será possível com a implementação efetiva das decisões tomadas pela ONU em 1967, garantindo a liberdade para os palestinos construírem sua pátria e conviver harmonicamente com o povo judeu. O presidente destacou que o que ocorre em Gaza é um “genocídio contra mulheres e crianças”, e se comprometeu a continuar lutando para solucionar o conflito.

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