Com um tom elevado, o presidente brasileiro reafirmou declarações anteriores feitas na União Africana, onde já havia manifestado sua posição em relação às ações de Israel. Lula destacou que o que ocorre em Gaza é mais do que um direito de defesa, tornando-se um direito de vingança por parte de Netanyahu.
Além disso, Lula desafiou o primeiro-ministro israelense a cumprir a resolução de cessar-fogo aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. A proposta inclui um período inicial de seis meses de trégua, a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos, a retirada das forças israelenses de áreas povoadas em Gaza e o retorno dos civis palestinos a todas as áreas do território.
Não apenas criticando Netanyahu, Lula também direcionou sua reprovação à Organização das Nações Unidas, por considerar que a entidade não atua de forma eficaz para resolver o conflito no Oriente Médio. Nas reuniões do G-7, o presidente brasileiro defendeu uma mudança na ONU, ressaltando a importância de respeitar as decisões dos órgãos globais ligados à entidade.
Para Lula, a resolução do conflito entre Israel e Palestina só será possível com a implementação efetiva das decisões tomadas pela ONU em 1967, garantindo a liberdade para os palestinos construírem sua pátria e conviver harmonicamente com o povo judeu. O presidente destacou que o que ocorre em Gaza é um “genocídio contra mulheres e crianças”, e se comprometeu a continuar lutando para solucionar o conflito.