Além disso, Lula expressou sua insatisfação com a possibilidade de que o Copom mantenha a taxa Selic em 10,5% ao ano durante a reunião que acontecerá nos próximos dias. Segundo informações obtidas pela coluna, outra questão que tem incomodado o ex-presidente é a discussão em andamento no Congresso sobre a PEC 65, que visa dar mais autonomia ao Banco Central.
No mês de maio, o Copom reduziu a taxa básica de juros pela sétima vez, porém, em um ritmo mais lento, o que gerou novas críticas por parte de Lula. Há especulações de que o governo possa antecipar o anúncio do próximo presidente do BC nos próximos meses, embora pessoas próximas a Campos Neto afirmem que ele permanecerá no cargo até o final do ano e não tem planos de renunciar antes disso.
A relação entre Lula e Campos Neto parece estar cada vez mais tensa, com o ex-presidente indicando que seu descontentamento também se estende ao possível sucessor do cargo. Auxiliares de Lula afirmam nos bastidores que as críticas feitas pelo ex-presidente têm também como alvo Galípolo, sinalizando um momento de atrito entre o governo e a instituição financeira. A expectativa agora fica por conta das próximas decisões do Copom e do desenrolar da discussão sobre a autonomia do Banco Central no Congresso.