Segundo o governo, o Mover pretende ampliar as exigências de sustentabilidade da frota automotiva e estimular a produção de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística. Além disso, o programa visa incentivar a descarbonização, com estímulo à produção de novas tecnologias, a promoção do uso de biocombustíveis e outras energias alternativas.
Uma das principais mudanças é a criação do “IPI Verde”, que vai cobrar menos imposto daqueles que poluem menos. O programa também estabelece a meta de reduzir em 50% as emissões de carbono até 2030, incentivando as empresas a investir em mecanismos para diminuir suas pegadas climáticas.
O Mover ainda aumenta os requisitos verdes para os veículos comercializados no país, estabelecendo a medição das emissões de carbono “do poço à roda”, que considera todo o ciclo. A partir de 2017, a medição ainda será mais ampla, conhecida como “do berço ao túmulo”, incluindo a pegada de carbono de todos os componentes e todas as etapas de produção, uso e descarte do veículo.
O lançamento do Mover estava previsto para setembro, mas passou por idas e vindas devido a impasses entre montadoras, associações e ministérios. Em nota, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) comemorou a iniciativa, classificando-a como uma excelente notícia para toda a cadeia da indústria automobilística brasileira.
O novo programa representa uma evolução em relação ao Rota 2030, uma vez que deixa de ser uma política limitada ao setor automotivo para se transformar num programa de “mobilidade e logística sustentável de baixo carbono”. Além disso, prevê o estímulo à realocação de fábricas de outros países no Brasil e a redução de Imposto de Importação para fabricantes que importam peças e componentes sem similar nacional, desde que invistam em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Em suma, o Mover é uma medida ambiciosa que visa tornar a indústria automotiva brasileira mais sustentável e eficiente, promovendo um futuro mais verde e inovador para o setor.