Disponibilizadas por uma equipe de cientistas envolvidos no projeto Física em Alta Resolução Angular em Galáxias Próximas (PHANGS), as imagens revelam algumas das galáxias espirais mais próximas da Terra, como NGC5068, que está a cerca de 15 milhões de anos-luz de distância, e NGC1365, localizada a aproximadamente 60 milhões de anos-luz. O Telescópio Espacial James Webb, lançado em 2021 e em operação desde 2022, tem sido essencial para fornecer esses registros detalhados do cosmos, observando principalmente no infravermelho.
As observações do James Webb foram feitas pela Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam) e pelo Instrumento de Infravermelho Médio (MIRI), e revelaram aproximadamente 100 mil aglomerados de estrelas e milhões ou até bilhões de estrelas individuais. Esses dados são cruciais para a compreensão da formação inicial de estrelas, pois permitiram uma nova visão da fase inicial da formação estelar.
Segundo o astrônomo Thomas Williams, da Universidade de Oxford, as estrelas nascem no interior de nuvens empoeiradas que bloqueiam completamente a luz em comprimentos de onda visíveis, mas se iluminam nos comprimentos de onda do JWST. A partir desses dados, os cientistas puderam resolver a estrutura das nuvens de poeira e gás a partir das quais estrelas e planetas se formam, com um alto nível de detalhes.
Além disso, as imagens também permitiram visualizar a atividade explosiva e a limpeza da poeira e gás em escalas de aglomerados e kiloparsecs, o que facilitou a compreensão do ciclo geral de formação estelar. Esteticamente deslumbrantes, as imagens contam uma história sobre o ciclo de formação estelar e feedback, tornando-se cativantes em muitos níveis.
Dessa forma, as observações do Telescópio Espacial James Webb representam um avanço significativo no estudo das galáxias espirais próximas à Via Láctea, proporcionando novas perspectivas sobre a formação estelar e a evolução galáctica. Com sua capacidade de observar o Universo no infravermelho, o JWST oferece insights valiosos que complementam as observações do Telescópio Espacial Hubble, ampliando nossa compreensão do cosmos.