Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT, afirmou que a prisão de Bolsonaro poderá resultar em ostracismo. Segundo ele, Bolsonaro se tornaria uma figura politicamente tóxica, causando a desidratação de seu eleitorado e desestimulando políticos a se associarem a ele. Além disso, Tatto aponta que a prisão de Bolsonaro representaria a perda de um dos principais argumentos de contraposição ao PT, que é a prisão do ex-presidente Lula.
Por outro lado, alguns políticos de esquerda acreditam que a prisão de Bolsonaro poderia beneficiar os candidatos de esquerda em todo o país, de acordo com o deputado federal Rogério Correia (PT). Ele sugere que o bolsonarismo ficará mais acuado e isolado, porém a polarização política se manterá. Além disso, há uma perspectiva de que a prisão de Bolsonaro pressionaria o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), a se posicionar em relação ao ex-presidente. Há também a avaliação de que a prisão de Bolsonaro constrangeria candidatos de extrema direita e políticos tradicionais que contam com o apoio dele.
No entanto, o deputado federal Reginaldo Lopes (MG) acredita que o bolsonarismo sobreviveria sem Bolsonaro, apesar de ficar um pouco mais fraco. Ele alega que Bolsonaro “não tem como não ser preso”, indicando que essa eventualidade é inevitável.
Apesar das diferentes interpretações, é evidente que uma eventual prisão de Jair Bolsonaro teria um impacto significativo no cenário político brasileiro, influenciando as dinâmicas eleitorais e a atuação dos candidatos, especialmente aqueles alinhados com o bolsonarismo.