Segundo Joubert Fortes Flores Filho, presidente do conselho administrativo da ANPTrilhos, e Vicente Abate, presidente da Abifer, o surgimento desse novo trem de média velocidade proporcionará benefícios como o descongestionamento das rodovias Anhanguera/Bandeirantes, além de impulsionar a indústria ferroviária e o transporte de passageiros, que foram severamente impactados pela pandemia.
A concessão do projeto terá duração de 30 anos e será feita por meio de uma parceria público-privada (PPP). A expectativa é que esse empreendimento seja apenas o primeiro passo para a retomada dos trens regionais no Brasil, que foram praticamente abandonados desde a década de 70. Com a viabilidade comprovada da linha São Paulo-Campinas, novos projetos de transporte ferroviário podem surgir ligando a capital paulista a outras regiões do estado.
Abate ressalta a importância do trem de média velocidade como um impulsionador para futuros projetos de alta velocidade, destacando que o país está mais preparado agora do que há algumas décadas. Além disso, a expectativa é que a fabricação dos trens aconteça no Brasil, o que pode gerar empregos e movimentar a economia local.
Previsto no Novo PAC, o projeto terá 101 quilômetros de extensão e conectará a estação da Barra Funda, em São Paulo, ao centro de Campinas, com paradas intermediárias em Jundiaí. As obras devem durar cerca de sete anos, com previsão de início das operações em 2029. A expectativa é que esse novo modal de transporte traga benefícios tanto para a população quanto para o desenvolvimento econômico das regiões atendidas.