Justiça de São Paulo nega medida protetiva a marqueteiro agredido em debate eleitoral do Flow Podcast no Clube Sírio.

A Justiça de São Paulo negou o pedido de medida protetiva feito por Duda Lima, marqueteiro da campanha de Ricardo Nunes (MDB), contra Nahuel Medina, assessor da campanha do influenciador Pablo Marçal (PRTB). O pedido de Duda foi motivado após ele ser agredido com um soco instantes após a expulsão de Marçal do debate organizado pelo Flow Podcast, na segunda-feira, no Clube Sírio, em São Paulo.

A juíza responsável pela decisão avaliou que os elementos apresentados eram considerados “insuficientes” para a concessão da medida protetiva. Segundo a juíza Tânia Silveira, Nahuel possui endereço fixo, exerce uma atividade lícita e não demonstrou intenção de fugir, entre outros fatores. Além disso, Tânia ressaltou que não havia registros de ameaças prévias ou elementos que indicassem perseguição por parte de Nahuel a Duda.

As medidas protetivas, comumente associadas a casos de violência doméstica, são providências judiciais que visam garantir a segurança de uma pessoa em situação de risco, podendo incluir o afastamento ou proibição de contato com o agressor.

Após a agressão, Duda Lima precisou ser hospitalizado e recebeu pontos no rosto, além de ter sido submetido a uma tomografia que constatou um descolamento de retina devido ao soco recebido. O prefeito Ricardo Nunes se pronunciou sobre o episódio, elogiando o discurso da presidente do TSE, Cármen Lúcia, contra a agressividade na campanha eleitoral.

Durante um evento da Associação Comercial de São Paulo, Nunes expressou preocupação com a incitação de violência por parte de Marçal e afirmou que “ainda bem” que a ministra se manifestou sobre o assunto. O governador Tarcísio de Freitas, que também estava presente, destacou que a postura de Marçal representa uma ameaça à democracia e tentativas de mascarar a falta de propostas.

Tarcísio ainda mencionou a agressão como uma “pancada covarde” e questionou se esse era o comportamento esperado em um debate eleitoral. Ele comparou a atual situação com a eleição de 2022, onde, apesar da polarização, não houve casos de agressão ou desrespeito nos debates.

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