Justiça de Israel prorroga por mais 35 dias proibição do canal Al Jazeera alegando ligação com terrorismo e incitação à violência

A Justiça de Israel aprovou, no último dia 13, a prorrogação por mais 35 dias da proibição do canal de notícias Al Jazeera, do Catar, no país. A determinação partiu do governo israelense, que justifica a medida afirmando que a emissora é um “porta-voz do terrorismo a serviço do Hamas”.

Segundo informações do Ministério das Comunicações de Israel, o tribunal de distrito de Tel Aviv deu aval para as ordens do ministro das Comunicações, que incluem interromper a transmissão da Al Jazeera, fechar seus escritórios no país, bloquear o acesso aos seus sites e confiscar o equipamento utilizado para a transmissão do conteúdo do canal.

Essa não é a primeira vez que a Al Jazeera sofre restrições em Israel. Em abril, o Parlamento do país aprovou uma lei que permite o governo fechar temporariamente emissoras estrangeiras consideradas ameaças à segurança nacional, sendo a Al Jazeera uma das afetadas por essa legislação.

O primeiro-ministro israelense, em suas redes sociais, justificou a decisão afirmando que a Al Jazeera prejudicou a segurança do país, participou de eventos violentos e incitou contra as Forças de Defesa de Israel. Além disso, o ministro Shlomo Karkhi declarou que pretende continuar solicitando o fechamento da emissora a cada 45 dias, como medida para combater o terrorismo e a incitação à violência na região.

A Associação para os Direitos Civis em Israel criticou a determinação, alegando que viola a liberdade de expressão e de imprensa. Eles planejam entrar com um recurso no Supremo Tribunal de Israel para contestar a proibição imposta à Al Jazeera. A polêmica em torno do fechamento do canal continua gerando debates sobre a liberdade de imprensa e os limites da atuação governamental nesse cenário.

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