Junho de 2024: políticos “cristãos” atacam direitos humanos e civis essenciais, ignorando ensinamentos de solidariedade de Jesus.

No mês de junho de 2024, a população mais vulnerável do Brasil enfrentou uma série de desafios que passaram longe das discussões econômicas tradicionais. Enquanto os jornalistas de economia se ocupavam com temas como taxa de juros, PIB e inflação, nas ruas e nas periferias do país a realidade era bem diferente.

O cenário de sofrimento e desamparo foi agravado por políticos que se autointitulam cristãos, mas que atacam direitos humanos básicos, como a proteção social e a alimentação da população mais necessitada. Em um gesto hipócrita, o deputado federal Sóstenes Cavalcante, autor do polêmico PL 1904, conhecido como PL do estuprador, tentou mudar o discurso após a enxurrada de críticas. O discurso acolhedor da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi utilizado como uma tentativa de suavizar a imagem do projeto, que ameaça penalizar médicos que realizam abortos legais.

Além disso, na cidade de São Paulo, o vereador Rubinho Nunes causou indignação ao propor o PL 455, que impõe multas para quem distribui comida para pessoas em situação de vulnerabilidade. A atitude cruel do vereador, que comemorou nas redes sociais o “fim do tráfico de marmitas”, gerou repercussão negativa e obrigou-o a recuar, alegando uma interpretação errada do projeto. Suas acusações infundadas contra quem tenta ajudar os mais necessitados revelam uma política excludente e desumana.

Diante desses episódios lamentáveis, fica evidente a desconexão entre a realidade das ruas e o debate político e econômico que ocupa os espaços midiáticos. Enquanto os mais vulneráveis sofrem com a falta de assistência básica, os discursos vazios e as propostas opressoras de alguns políticos apenas agravam a situação. A solidariedade e a compaixão, ensinamentos tão importantes em qualquer religião, parecem ter se perdido no meio do egoísmo e da ganância pelo poder. A população mais necessitada merece ser ouvida e amparada, e não criminalizada ou negligenciada pelas autoridades que deveriam protegê-la.

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