Julian Assange, o homem por trás do WikiLeaks, revela o impacto da internet na sociedade e o poder da informação.

O renomado ativista e jornalista Julian Assange causou uma reviravolta em sua vida em junho de 2012, ao optar por pedir asilo ao Equador em vez de enfrentar uma possível deportação para a Suécia. Sua decisão foi motivada pelo temor de ser extraditado para os Estados Unidos, onde seria julgado pela divulgação de documentos secretos. O Equador concedeu o asilo a Assange, mas as autoridades britânicas deixaram claro que ele seria detido assim que saísse da embaixada equatoriana em direção ao aeroporto.

A situação resultou em um confinamento prolongado para o ativista, que se viu impedido de sair da embaixada por anos. Durante esse período, Assange não deixou de ser polêmico, criticando o papel das redes sociais na coleta de informações e alegando que os internautas estariam servindo involuntariamente à CIA. Ele chegou a afirmar que o Google conhece mais sobre as pessoas do que suas próprias mães, caracterizando tal situação como o maior roubo da história.

Em entrevista, Assange discutiu a importância da Internet na sociedade contemporânea, apontando-a como o principal meio de comunicação e interação entre os Estados e indivíduos. Ele ressaltou que a Internet não apenas democratizou o acesso à informação e ao conhecimento, mas também revolucionou a forma como as sociedades se organizam e tomam decisões. No entanto, o jornalista alertou para a crescente ameaça da vigilância em massa promovida pelos Estados, colocando em risco a liberdade e a privacidade dos cidadãos.

Assange acredita que a Internet está em uma encruzilhada, tornando-se o centro nervoso da sociedade e, portanto, sujeita a interferências e manipulações que podem comprometer a democracia e a autonomia dos indivíduos. O ativista destaca a necessidade de proteger a liberdade online e de defender a privacidade dos cidadãos em um mundo cada vez mais conectado e vigiado.

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