O país ainda vive os resquícios de um golpe que aconteceu em 2016, quando a presidente Dilma Rousseff foi destituída do cargo sem cometer crime de responsabilidade. Desde então, diversas investigações e escândalos vieram à tona, revelando a corrupção sistemática que tomou conta do país.
Agora, a Justiça busca responsabilizar aqueles que desrespeitaram a ordem democrática e atentaram contra a Constituição. O julgamento dos golpistas é uma oportunidade para que o Brasil dê um passo em direção à justiça e à reparação histórica.
No entanto, o processo de responsabilização dos golpistas não é algo fácil. Há setores da sociedade que se colocam de maneira contrária a esse julgamento, alegando que a democracia já foi restabelecida e que é hora de seguir em frente. Essas vozes argumentam que o país precisa se concentrar em problemas mais urgentes, como a crise econômica e a pandemia da Covid-19.
No entanto, ignorar o julgamento dos golpistas é abrir um precedente perigoso. Significa aceitar que desrespeitar a democracia e a Constituição é algo aceitável, desde que os responsáveis sejam poderosos e influentes. Isso enfraquece as instituições democráticas e coloca em risco os valores que deveriam nortear a sociedade.
Além disso, julgar os golpistas é uma forma de reparação histórica e de dar voz aos milhões de brasileiros que foram afetados negativamente pelo golpe. É uma oportunidade de afirmar que a democracia é um valor fundamental que não pode ser desrespeitado impunemente.
Portanto, é necessário que a sociedade brasileira exija o julgamento dos golpistas. É preciso que os responsáveis pelos atos de subversão da ordem democrática sejam punidos, para que o país possa verdadeiramente se reconstruir sobre bases sólidas de justiça e democracia.
Não é hora de esquecer o passado e seguir em frente sem olhar para trás. É hora de enfrentar as consequências do golpe e garantir que nunca mais aconteça algo semelhante. A escolha ética e moral está posta: julgar os golpistas é essencial para a saúde da democracia e para a construção de um país mais justo e igualitário.