Juiz mantém ordem de proteção a jurados no caso de Trump, evitando identificação e ameaças durante julgamento histórico

Em decisão proferida nesta terça-feira, o juiz Juan Merchan determinou que uma ordem proibindo que o ex-presidente Donald Trump ou seus advogados identifiquem os membros do júri anônimo continue em vigor. A medida foi tomada após os promotores afirmarem que apoiadores de Trump tentaram identificar os jurados e os ameaçaram com violência.

O juiz justificou sua decisão afirmando que existem evidências suficientes para sustentar a preocupação com a segurança dos jurados. Os advogados de Trump alegaram que a ordem de silêncio estava prejudicando sua campanha e poderia limitar sua capacidade de resposta aos ataques do presidente Joe Biden durante um debate marcado para esta quinta-feira.

O caso em questão é o primeiro julgamento criminal de um presidente dos Estados Unidos. O júri de Manhattan considerou Trump culpado, em 30 de maio, por ter acobertado o pagamento de 130.000 dólares feito por seu ex-advogado Michael Cohen à atriz de filmes adultos Stormy Daniels. A atriz estava ameaçando tornar pública sua história sobre um encontro sexual com Trump antes da eleição de 2016.

Trump, que foi eleito para um mandato de quatro anos naquele ano, nega veementemente o suposto encontro de 2006 e promete recorrer da condenação. A sentença está programada para ser anunciada em 11 de julho, apenas quatro dias antes de o Partido Republicano oficialmente nomeá-lo para enfrentar Biden na eleição presidencial de 5 de novembro.

O caso continua gerando grande polêmica e atenção da mídia, conforme os desdobramentos judiciais e políticos envolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos. A decisão de manter a ordem de anonimato para os jurados revela a sensibilidade e a gravidade do processo em curso.

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