Milei defende ideias que beiram o absurdo, como a proposta de legalizar a venda de órgãos para transplantes como se fosse um simples mercado comum. Recentemente, um senador de seu partido, Liberdade Avança, tentou inserir na legislação a permissão para que pobres vendessem seus filhos sem punição, mostrando o quão extremistas são os ideais desse grupo político.
Em contrapartida, a realidade mostra que grandes potências como China e Estados Unidos têm buscado equilíbrio entre a atuação do Estado e a livre iniciativa para promover o crescimento econômico. O protecionismo econômico praticado por figuras como Trump e Biden evidencia a importância da intervenção estatal na proteção de interesses nacionais.
No Brasil, o sucesso na agropecuária, na produção de etanol e na indústria aeronáutica, representada pela Embraer, foram alcançados com a influência do Estado. A transição para uma economia sustentável, com destaque para o financiamento do hidrogênio verde, também depende do suporte estatal.
Nesse contexto, é fundamental questionar as ideias extremistas de Milei e de seus seguidores, que ignoram a realidade econômica global e desconsideram a importância do Estado como agente regulador e promotor do desenvolvimento. A obsessão por reduzir a dívida e o déficit fiscal, sem considerar outros fundamentos econômicos, reflete uma mentalidade ultrapassada do liberalismo que precisa ser revista à luz dos desafios atuais.
Portanto, é preciso analisar com cautela propostas como as de Milei, que, se aplicadas, podem levar a Argentina a um retrocesso econômico e social. O equilíbrio entre a atuação estatal e a livre iniciativa é essencial para garantir um desenvolvimento sustentável e inclusivo.