Antes desse evento, entre abril e maio, Toffoli realizou excursões por Londres e Madrid, gerando um custo de quase R$ 100 mil em diárias de segurança. Esta não foi a única viagem do ministro, e certamente não será a última.
Em nota, a assessoria de Toffoli afirmou que tais viagens não interferem em seu trabalho, destacando que ele continua a proferir decisões e participar das sessões plenárias virtualmente.
Recentemente, Toffoli tomou decisões controversas, como o cancelamento das penas de Marcelo Odebrecht sem afetar os benefícios obtidos pela empresa a partir da delação do empreiteiro. Além disso, anulou punições à Odebrecht e à J&F, empresas que não estão relacionadas diretamente à operação Lava Jato.
O comportamento do Supremo Tribunal Federal em relação a Toffoli e outros membros da corte pode ser questionado diante de tais situações. A aplicação da fórmula defendida por Mario Henrique Simonsen, ex-ministro da Fazenda, poderia ser útil, onde é preferível pagar comissões para que interessados esqueçam os projetos.
Dessa forma, talvez seja mais vantajoso para o país custear as despesas de viagens de Toffoli, desde que o magistrado seja poupado de tomar decisões judiciais. Isso levanta questionamentos sobre a ética e transparência no Poder Judiciário, especialmente em casos envolvendo altos custos e interesses externos.