Jornalistas denunciam viagens de Toffoli financiadas por empresário em final da Champions League, sem impacto no trabalho do ministro.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, esteve presente na final da Champions League no último dia 1º, onde presenciou a vitória do Real Madrid sobre o Borussia Dortmund em um camarote financiado pelo empresário Alberto Leite, proprietário da FS Security. É importante ressaltar que Leite é um apoiador fervoroso do presidente Jair Bolsonaro, admirador de Elon Musk e crítico do ministro Alexandre de Moraes.

Antes desse evento, entre abril e maio, Toffoli realizou excursões por Londres e Madrid, gerando um custo de quase R$ 100 mil em diárias de segurança. Esta não foi a única viagem do ministro, e certamente não será a última.

Em nota, a assessoria de Toffoli afirmou que tais viagens não interferem em seu trabalho, destacando que ele continua a proferir decisões e participar das sessões plenárias virtualmente.

Recentemente, Toffoli tomou decisões controversas, como o cancelamento das penas de Marcelo Odebrecht sem afetar os benefícios obtidos pela empresa a partir da delação do empreiteiro. Além disso, anulou punições à Odebrecht e à J&F, empresas que não estão relacionadas diretamente à operação Lava Jato.

O comportamento do Supremo Tribunal Federal em relação a Toffoli e outros membros da corte pode ser questionado diante de tais situações. A aplicação da fórmula defendida por Mario Henrique Simonsen, ex-ministro da Fazenda, poderia ser útil, onde é preferível pagar comissões para que interessados esqueçam os projetos.

Dessa forma, talvez seja mais vantajoso para o país custear as despesas de viagens de Toffoli, desde que o magistrado seja poupado de tomar decisões judiciais. Isso levanta questionamentos sobre a ética e transparência no Poder Judiciário, especialmente em casos envolvendo altos custos e interesses externos.

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