De acordo com as investigações, o jornalista, apelidado pelo grupo como “vovozinho”, fornecia drogas que eram posteriormente vendidas por duas mulheres, de 19 e 23 anos, em um esquema de delivery. As drogas eram encomendadas e entregues na residência dos usuários pelas suspeitas, que já haviam sido presas no início do mês. A Polícia descobriu o envolvimento de Carrião com o grupo por meio de mensagens encontradas no celular de um dos suspeitos.
Ao todo, mais de 4 mil porções de drogas, como maconha, haxixe, skunk e LSD, foram apreendidas durante a operação, além de diversos celulares e uma pistola 9mm. A defesa de Marcelo Carrião alega que os entorpecentes encontrados na residência do jornalista eram destinados a consumo próprio e que ele não possui relação com os demais presos na ação policial.
O advogado de defesa, Marcelo Cruz, afirmou que solicitará a liberdade de Carrião durante a audiência de custódia, marcada para esta quinta-feira, 29. Segundo ele, a quantidade de drogas adquirida pelo jornalista tinha como objetivo evitar ser visto com frequência em pontos de venda, devido à sua relativa fama na Baixada Santista. A defesa alega que, devido à primariedade e bons antecedentes do jornalista, a prisão em flagrante não deve ser convertida em prisão preventiva.
Diante desse cenário, a prisão de Marcelo Carrião tem gerado repercussão e levantado questionamentos sobre o envolvimento de profissionais da imprensa em atividades ilícitas. A sociedade aguarda as próximas atualizações sobre o desdobramento desse caso e como a justiça irá lidar com essa situação inusitada envolvendo um jornalista conceituado.