Em suas declarações, Prates afirmou que a decisão de reter os dividendos partiu do Conselho de Administração da Petrobras, orientado pelo presidente da República e seus ministros. No entanto, a falta de clareza na comunicação e a repercussão negativa levaram a empresa a um impasse.
O episódio teve início durante o Deep Dive, evento em Nova York, onde a empresa sinalizou aos investidores uma possibilidade de pagamento dos dividendos extraordinários. Essa expectativa gerada se chocou com a realidade da governança da estatal, que determinava que a decisão sobre os dividendos cabia ao Conselho de Administração.
Após a repercussão negativa, Prates manteve sua posição de não recuar em relação às suas declarações anteriores. No entanto, a comunicação falha e as expectativas criadas entre os investidores colocaram a Petrobras em uma situação delicada.
A decisão de reter os dividendos extraordinários da Petrobras, tomada em março, refletiu a necessidade de equilibrar a margem de risco da empresa, considerando o cenário econômico atual. A empresa enfrenta novas condições, com preços de petróleo variáveis e o crescimento das energias renováveis como foco de investimento.
A divulgação da ata da reunião do Conselho de Administração da Petrobras pode trazer mais transparência e esclarecer os fatos. No entanto, fica evidente a importância de uma comunicação profissional e transparente por parte da Petrobras, evitando controvérsias e preservando sua credibilidade no mercado. A gestão da crise não apenas política, mas também comunicacional, deve ser uma prioridade para a empresa, que enfrenta desafios significativos em seu contexto atual.