A escolha de um candidato à vice-presidência geralmente visa atrair novos eleitores ou compensar fraquezas reconhecidas em imagem ou política. No entanto, Trump optou por alguém que o espelha: um homem branco, conservador e nascido em Ohio, estado no qual o presidente já possui apoio consolidado.
Essa decisão pode ser interpretada como uma estratégia de reforçar as bases eleitorais já conquistadas por Trump, em vez de buscar expandir seu eleitorado. A escolha de Vance como companheiro de chapa indica uma busca por manter a fidelidade dos eleitores brancos conservadores que foram cruciais para a vitória do presidente em 2016.
Além disso, a ascensão de Vance de crítico a colaborador de Trump demonstra a capacidade do presidente em conquistar aliados mesmo entre aqueles que inicialmente se opunham a ele. A narrativa de superação e lealdade de Vance pode ressoar positivamente entre os eleitores, especialmente em um momento de polarização política intensa no país.
Com a adição de J.D. Vance à chapa de Donald Trump, as eleições de novembro prometem ser ainda mais acirradas e determinantes para o futuro político dos Estados Unidos. A escolha do senador como companheiro de chapa representa não apenas uma estratégia de campanha, mas também um reflexo das dinâmicas políticas e sociais em um país dividido.