Por outro lado, o grupo militante Hamas, que controla a região de Gaza, recebeu positivamente a decisão da Turquia, elogiando-a como uma ação corajosa em favor dos direitos palestinos. O ministro turco Bolat justificou a decisão, afirmando que as negociações estão em andamento com os palestinos para garantir acordos alternativos que não os prejudiquem.
No mês passado, a Turquia já havia restringido as exportações de aço, fertilizantes e combustível de aviação para Israel, em resposta à recusa de Israel em permitir que Ancara participasse das operações de lançamento aéreo de ajuda humanitária para Gaza. Agora, com a interrupção total do comércio, que movimentou bilhões de dólares em transações no ano passado, as relações entre os dois países atingiram um novo patamar de tensão.
É importante ressaltar que essa disputa comercial não ocorre em um vácuo político, mas sim em um contexto de longa data de conflitos e tensões na região do Oriente Médio. A decisão da Turquia de cortar relações comerciais com Israel pode ter repercussões não apenas econômicas, mas também políticas e diplomáticas. Resta agora aguardar os desdobramentos e possíveis reações de outros países envolvidos nesse cenário complexo.