A expectativa dos analistas consultados pela agência Bloomberg era de um avanço de 0,20% no índice no mês de outubro, o que indica que os resultados ficaram próximos do esperado.
Com essa nova taxa, o IPCA-15 acumula uma elevação de 5,05% nos últimos 12 meses, enquanto em setembro essa variação era de 5%. Vale ressaltar que a coleta de preços para o IPCA-15 é feita entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação, ou seja, setembro e outubro, respectivamente.
Uma característica importante do IPCA-15 é que ele costuma sinalizar uma tendência para os preços no IPCA, que é considerado o índice oficial de inflação do Brasil. O IPCA tem sua coleta de dados ao longo do mês de referência do levantamento, e o resultado de outubro ainda não foi fechado, mas será divulgado pelo IBGE no dia 10 de novembro.
Para o ano de 2023, a meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC) é de 3,25%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%). Portanto, a meta será cumprida se o IPCA permanecer dentro desse intervalo até o final do ano. É importante ressaltar que nos anos de 2021 e 2022, a inflação ultrapassou essa meta.
De acordo com analistas do mercado financeiro, a mediana das projeções para o IPCA em 2023 é de 4,65%, conforme a edição mais recente do boletim Focus divulgado pelo BC. Essa previsão está abaixo do teto da meta deste ano, que é de 4,75%. Uma das razões para a redução das projeções é o fato de que a inflação dos alimentos vem apresentando uma trégua, devido a um maior volume de oferta desses produtos em 2023.
Esses são os principais aspectos relacionados à inflação medida pelo IPCA-15 em outubro e suas implicações para a economia brasileira.