O processo revelou que Marçal desempenhava um papel importante na quadrilha, cuidando dos computadores do grupo e entregando listas de e-mails de possíveis vítimas. A sentença destacou que o acusado não participava diretamente dos furtos cibernéticos, mas era responsável pela manutenção dos equipamentos de informática do grupo criminoso, além de fornecer informações vitais para a realização dos golpes.
Segundo informações do Ministério Público Federal, Marçal fornecia e-mails de vítimas a um dos líderes da organização criminosa, o pastor Danilo de Oliveira. Em sua defesa, o influencer admitiu colaboração com o grupo, mas alegou desconhecimento dos atos ilícitos cometidos.
Além de sua participação no crime cibernético, Marçal também está sendo investigado por possíveis crimes eleitorais nas eleições de 2022, quando se candidatou à presidência. A Polícia Federal suspeita de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro. O caso está sendo conduzido em sigilo, e há suspeitas de que Marçal e seu sócio tenham feito doações milionárias à campanha e utilizado esses recursos para contratar serviços de suas próprias empresas.
Em meio a essas investigações, Marçal enfrentou obstáculos em sua carreira política, sendo impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral de concorrer à presidência e tendo seu registro de candidatura à Câmara dos Deputados indeferido. O influencer já se manifestou nas redes sociais apontando para uma suposta “perseguição política” em relação às suas atividades.