Investigação do assassinato de Marielle: defesa do delegado Giniton alega falta de oportunidade para prestar esclarecimentos, mesmo diante da complexidade do caso.

O caso envolvendo o delegado Giniton Lages, responsável pelo início das investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, continua gerando polêmica. A defesa de Lages alegou que é injustificável o fato de ele ainda não ter sido ouvido, considerando a magnitude e complexidade do caso. Segundo os advogados do delegado, ele possui informações que podem trazer novos elementos substanciais ao inquérito em andamento.

Giniton Lages, apesar de não estar preso, foi submetido a medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Ele acredita que seu depoimento será fundamental para a elaboração do novo relatório final da investigação e para convencer a Procuradoria-Geral da República sobre sua inocência.

Além disso, a Polícia Federal prendeu recentemente os irmãos Brazão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho Brazão, deputado, sob a acusação de serem os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson. Ambos negam veementemente as acusações e estão aguardando desdobramentos do caso.

Chiquinho Brazão encontra-se detido em uma prisão de segurança máxima em Campo Grande (MS) desde março. A situação dos irmãos Brazão apenas aumenta a complexidade do caso, levantando ainda mais dúvidas sobre a verdadeira autoria do crime que chocou o país.

Ressalta-se que todos os envolvidos na operação da Polícia Federal alegam inocência, evidenciando a necessidade de um desfecho justo e transparente para um dos casos mais emblemáticos de violência política no Brasil nos últimos anos. O UOL continuará acompanhando os desdobramentos desse caso e dando espaço para a manifestação das partes envolvidas.

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