Além disso, os suspeitos tentaram abrir uma filial da cooperativa no estado, com um contrato de locação de galpão assinado por um assessor do governador do Tocantins, conforme apontado pela Polícia Federal. Mesmo diante das suspeitas, nenhuma medida foi tomada contra a cooperativa, visto que o ministro responsável não autorizou ação alguma, acatando o pedido do Ministério Público Federal devido às informações sobre a cooperativa terem sido encontradas em outro inquérito.
A cooperativa, por sua vez, afirmou que só se pronunciará se for intimada a fazê-lo, ressaltando seu histórico de venda de alimentos em diversos estados do país e a excelência de seu trabalho. Alegou que não foi alvo de busca e apreensão devido à lisura e legalidade de seus contratos.
Para o ministro Mauro Campbell, do STJ, as evidências recolhidas na investigação indicam que o programa de fornecimento de cestas básicas pela Secretaria Estadual do Trabalho e Assistência Social do Tocantins foi marcado por fraudes sistemáticas. Ele ressaltou que a cooperativa formalmente participou das contratações, mas não enviou efetivamente alimentos do Rio Grande do Sul para o estado do Tocantins.
Diante desses desdobramentos, fica evidente a complexidade e a gravidade do esquema de corrupção envolvendo a cooperativa, os suspeitos e a Secretaria Estadual do Tocantins. As investigações continuam em busca de mais informações e esclarecimentos sobre o caso.