A combinação de um sistema de prevenção e bombeamento colapsado, chuvas intensas e aumento dos ventos contribuíram para agravar a situação. O Lago Guaíba teve seu escoamento represado, fazendo com que as águas avançassem para locais que antes não haviam sido afetados.
Diante do aumento do volume de água ao longo da manhã, a prefeitura de Porto Alegre decidiu suspender as aulas em escolas públicas e privadas que haviam retomado suas atividades. Além disso, diversos equipamentos públicos localizados em áreas alagáveis, como postos de saúde, foram fechados.
O prefeito Sebastião Melo, em coletiva de imprensa, afirmou que a chuva foi mais intensa do que o esperado, tendo um impacto significativo na cidade. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) anunciou o fechamento das comportas de contenção do sistema antienchente e a realização de barreiras com sacos nos locais onde os portões foram danificados.
Os bairros afetados foram desde aqueles que já estavam lidando com a enchente e viam a água baixar, como Menino Deus, Cidade Baixa e Centro Histórico, até regiões que não haviam sido tão afetadas anteriormente, como Cavalhada e Ponta Grossa. O resgate de pessoas ilhadas, principalmente na zona sul, foi necessário, uma vez que a maioria não contava com proteção por diques.
A população, mais uma vez, criticou a falta de orientação e planejamento por parte da prefeitura diante da situação de emergência. Saionara Gomes, moradora do bairro Sarandi, na zona norte, relatou a perda de seus pertences devido às enchentes.
O prefeito Melo respondeu às críticas, afirmando que a administração agiu diante da crise, mas reconhecendo que a situação é desafiadora. O diretor-geral do Dmae, Maurício Loss, destacou a sobrecarga da rede de esgoto devido ao acúmulo de lodo e sujeira, o que dificulta o escoamento da água.
Em meio a esse cenário preocupante, a população aguarda por medidas efetivas que possam minimizar os impactos das chuvas e das enchentes que assolam a região metropolitana da capital gaúcha.