Segundo os pesquisadores, a vacina teve 79,6% de eficácia em prevenir a doença, o que é um resultado significativo e promissor. Esse índice de proteção é bastante similar ao da vacina Qdenga, que será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro.
O estudo que comprovou a eficácia da vacina foi conduzido ao longo de dois anos, com 16.235 voluntários na faixa etária dos 2 aos 59 anos. O estudo faz parte da fase 3 da pesquisa, que teve início em 2016 e deve seguir até que todos os voluntários completem cinco anos de acompanhamento, o que está previsto para junho.
Além disso, os pesquisadores do Instituto Butantan planejam submeter a vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda neste ano, com o objetivo de obter o registro do produto. Segundo o diretor do Instituto, Esper Kallás, a meta é realizar a submissão no segundo semestre, com o alvo inicialmente apontando para setembro.
Entretanto, Kallás ressaltou que o prazo pode ser móvel, já que algumas análises podem precisar ser repetidas. A equipe do Instituto Butantan está trabalhando com humildade para tentar antecipar o processo de submissão da vacina, visando disponibilizá-la o mais rapidamente possível para a população.
A notícia da eficácia da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan traz um grande avanço no combate a essa doença, que representa um grave problema de saúde pública em diversos países. Espera-se que a vacina possa contribuir significativamente para a redução dos casos de dengue e para a proteção da população contra essa enfermidade. Este é um passo importante na luta contra a dengue e uma conquista significativa para a ciência e para a saúde pública.