Porém, o relator do caso apontou que o pedido da defesa para a retomada do passaporte não era infundado. Correa destacou que a retenção do documento interfere de forma significativa na liberdade de Cariani e compromete sua capacidade de obter renda. Além disso, destacou que a impossibilidade de Cariani trabalhar poderia inviabilizar o pagamento de eventuais penalidades em caso de condenação.
Cariani e outras quatro pessoas se tornaram réus em fevereiro por suspeita de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. A Justiça de Diadema aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo contra o grupo, formado por Cariani, Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira. Segundo as autoridades, o grupo teria desviado produtos químicos para a produção de drogas entre os anos de 2014 e 2020.
O Ministério Público relatou que foram identificadas sessenta transações dissimuladas vinculadas à associação para o tráfico, totalizando doze toneladas de produtos químicos. Esses produtos seriam utilizados na produção de cocaína e crack prontos para consumo. O caso segue em andamento, com Cariani agora enfrentando não apenas acusações, mas também restrições em seu direito de viajar e trabalhar.