Influenciador vira réu em processo por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Diadema, São Paulo, e tem passaporte retido.

O influenciador digital Cariani está enfrentando uma batalha judicial em São Paulo. Sua defesa argumentou que ele foi vítima de “constrangimento ilegal” por parte do juízo da Comarca de Diadema. Segundo os advogados de Cariani, ele tem colaborado com as investigações e depende de viagens internacionais para participar de eventos, um deles agendado para o dia 20 de abril. A não liberação de seu passaporte acarretaria em quebras de contrato e pagamento de multas.

Porém, o relator do caso apontou que o pedido da defesa para a retomada do passaporte não era infundado. Correa destacou que a retenção do documento interfere de forma significativa na liberdade de Cariani e compromete sua capacidade de obter renda. Além disso, destacou que a impossibilidade de Cariani trabalhar poderia inviabilizar o pagamento de eventuais penalidades em caso de condenação.

Cariani e outras quatro pessoas se tornaram réus em fevereiro por suspeita de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. A Justiça de Diadema aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo contra o grupo, formado por Cariani, Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira. Segundo as autoridades, o grupo teria desviado produtos químicos para a produção de drogas entre os anos de 2014 e 2020.

O Ministério Público relatou que foram identificadas sessenta transações dissimuladas vinculadas à associação para o tráfico, totalizando doze toneladas de produtos químicos. Esses produtos seriam utilizados na produção de cocaína e crack prontos para consumo. O caso segue em andamento, com Cariani agora enfrentando não apenas acusações, mas também restrições em seu direito de viajar e trabalhar.

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