Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, a médica Aline Souza ressaltou que seu pai, José Roberto de Souza, nunca trabalhou na clínica em questão. Ela expressou sua indignação com a situação, destacando a gravidade do uso indevido da identidade de uma pessoa falecida para fins políticos. Além disso, outra filha do profissional, Carla Maria de Oliveira e Souza, também afirmou que a assinatura presente no documento não era a de seu pai.
O médico em questão era hematologista e faleceu de Covid-19 em 2022, após trabalhar em Campina e nunca ter atendido em São Paulo. A tentativa de associar Boulos ao uso de drogas foi rechaçada pelo próprio candidato, que acionou a Justiça e solicitou a prisão do influenciador por falsificação de documento.
O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, determinou a exclusão imediata de vídeos nas redes sociais que referenciavam o falso prontuário, classificando-o como uma evidente falsificação. A proximidade entre o dono da clínica mencionada no documento e Pablo Marçal trouxe ainda mais suspeitas sobre a veracidade dos fatos apresentados.
Este episódio levanta questões sobre a disseminação de informações falsas e a manipulação política em meio à corrida eleitoral. A importância da apuração correta dos fatos e da responsabilidade na divulgação de informações torna-se cada vez mais evidente em um cenário marcado pela polarização e pelo uso indevido de recursos para prejudicar adversários políticos. A transparência e a ética devem prevalecer em qualquer estratégia de campanha, em respeito à verdade e à integridade dos envolvidos.