No entanto, o que realmente chamou a atenção foi quando ele decidiu atacar um programa de transferência de renda amplamente reconhecido e elogiado internacionalmente. Durante uma entrevista para o UOL e a Folha, o influenciador afirmou que os beneficiários desse programa eram proibidos de trabalhar e comparou a assistência social à dependência de uma “leitoa bem gorda”. Tal declaração não apenas é falsa – uma vez que nenhum beneficiário é impedido de trabalhar – mas também revela uma profunda ignorância por parte do influenciador.
Essas afirmativas infelizes e desrespeitosas resultaram em um aumento significativo da rejeição de Pablo Marçal, que atingiu 44%, enquanto seu adversário Boulos obteve 37% de rejeição. Em uma cidade como São Paulo, onde mais de 692,6 mil famílias dependem do Bolsa Família, é no mínimo imprudente e insensível acusá-las de se beneficiar de uma “leitoa estatal”.
Diante de tais comentários inadequados e preconceituosos, não é de surpreender que a popularidade de Marçal tenha despencado e que ele tenha perdido apoio e credibilidade. É importante lembrar que, em um país tão desigual como o Brasil, é fundamental respeitar e valorizar a dignidade de todas as pessoas, independentemente de sua situação social ou econômica.