No entanto, a situação mudou nos últimos meses, com o preço médio das carnes aumentando a uma taxa anual de 5,1%, de acordo com o IPCA-15 do IBGE (sendo 4,1% apenas para a picanha). Esse aumento contribuiu para o crescimento da inflação dos alimentos em geral, que atingiu 7% ao ano de acordo com o mesmo indicador divulgado recentemente.
Diversos fatores estão influenciando esse aumento nos preços das carnes, como a forte demanda nacional e internacional, benefícios da exportação devido ao dólar valorizado, problemas causados pela seca nos rebanhos e na produção de alimentos, entre outros. A expectativa de uma nova safra recorde de grãos para a temporada 2024-2025 traz uma perspectiva mais positiva, mas o cenário econômico global, especialmente em relação ao dólar e aos juros, ainda gera preocupações.
Com um dólar próximo a R$ 5,70 e a possibilidade de aumento da taxa Selic, o cenário econômico torna-se ainda mais desafiador. Espera-se que o governo, liderado por Lula, possa apresentar medidas para conter a inflação e garantir a estabilidade econômica, especialmente no que diz respeito aos alimentos básicos como a picanha. A expectativa é por um plano consistente que garanta a continuidade do arcabouço fiscal e o bem-estar da população.