Indústria da Aviação enfrenta desafios para atingir meta de emissões zero até 2050, alerta ex-chefe do aeroporto de Schiphol

A indústria da aviação enfrenta desafios para cumprir sua meta de alcançar emissões zero de carbono até 2050, conforme apontado por Ruud Sondag, ex-chefe do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã. Em uma entrevista ao Financial Times, Sondag expressou preocupação com a possibilidade de intervenção governamental na Europa para limitar o crescimento da indústria, caso não melhore seu desempenho ambiental.

Segundo Sondag, os planos atuais da indústria da aviação provavelmente não serão suficientes para cumprir o acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global. Ele alertou que políticos e juízes podem intervir se não houver melhorias, levando a perda da licença para operar a longo prazo.

As companhias aéreas e aeroportos europeus concordaram em alcançar emissões líquidas zero até 2050, com um roteiro detalhado que envolve a adoção de novas tecnologias e combustíveis mais limpos. No entanto, Sondag é um dos poucos executivos do setor que duvida publicamente dessas metas e sugere a possibilidade de reduzir o crescimento para cortar as emissões.

Laurent Donceel, diretor-gerente adjunto da Airlines for Europe, reafirmou o compromisso da aviação em contribuir para as metas climáticas da Europa. Ele destacou o foco em tecnologias e medidas como precificação de carbono para garantir que a indústria atinja emissão zero.

A transição para combustíveis de aviação sustentáveis é parte fundamental do plano das companhias aéreas europeias para reduzir as emissões. No entanto, esses combustíveis são caros e escassos, o que levou grupos ambientais a defender uma redução significativa nos voos como a única maneira eficaz de descarbonizar a indústria.

Diante desses desafios, a indústria da aviação enfrenta pressão para adotar medidas mais robustas e acelerar a transição para uma operação mais sustentável. A questão ambiental se torna cada vez mais premente, e a necessidade de soluções eficazes e urgentes se torna evidente para garantir a viabilidade do setor a longo prazo.

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