Os representantes indígenas reivindicam uma reparação histórica devido às áreas alagadas de suas terras para a formação do reservatório da usina. Alegam que o ato serve para “reivindicar o território que Itaipu nos deve”, localizado no estado do Paraná. Segundo eles, os territórios utilizados pela empresa são parte integrante de seu modo de vida, sendo locais sagrados para seus antepassados.
Uma ação cível originária (ACO) contra Itaipu foi movida pelo povo avá-guarani, sendo mediada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da Advocacia-Geral da União (AGU). No entanto, os indígenas expressaram descontentamento com a ausência da empresa na última reunião do grupo e a falta de justificativas ou argumentos para as negociações, passado um mês do ocorrido.
A ocupação do escritório é liderada por aproximadamente dez pessoas, enquanto mais indígenas permanecem do lado de fora do prédio, engajados no protesto. As reivindicações contidas na carta exigem a participação da empresa em todas as reuniões, respeito no tratamento com os indígenas, celeridade nas tratativas devido à vulnerabilidade dessas comunidades e a reparação da dívida histórica da empresa para com o povo avá-guarani.
A ação ocorre em paralelo a uma marcha de indígenas em Brasília, como parte do Acampamento Terra Livre, o principal evento do movimento no ano. É importante ressaltar que os atos têm sido motivados por uma crescente insatisfação dos povos indígenas em relação ao governo Lula (PT), que não foi convidado a participar do evento, ao contrário dos últimos dois anos.
Recentemente, a ministra de Mudanças Climáticas do País de Gales, Julie James, enviou uma carta ao ex-presidente Lula solicitando a resolução do caso e a demarcação dos territórios guarani, em busca de justiça e maior igualdade para o povo brasileiro. Este episódio demonstra a importância do diálogo e da valorização das demandas indígenas na sociedade contemporânea.