Bolsonaro, desde 2019, já manifestava o desejo de ter um ministro evangélico no Supremo. Esse anseio foi expresso em uma convenção das Assembleias de Deus, onde o presidente foi cobrado para cumprir essa promessa. O apoio das maiores lideranças do Ministério Madureira e do Ministério Belém, também da Assembleia de Deus, foi fundamental para a aprovação de Mendonça.
A indicação de Mendonça desencadeou uma série de eventos influenciados pela religião. Durante sua sabatina, a hipótese de sua crença interferir em seu ofício foi amplamente discutida. Contudo, o novo ministro se comprometeu a seguir a Constituição acima de qualquer outra coisa.
Após passar pela sabatina e ser aprovado no Senado, Mendonça iniciou um “tour da gratidão” visitando líderes evangélicos que o apoiaram em sua jornada para chegar ao Supremo Tribunal Federal. Esses encontros serviram como forma de agradecimento e também como forma de reforçar os laços entre o novo ministro e a comunidade evangélica.
Essa nomeação não é inédita, já que o Supremo Tribunal Federal teve um ministro evangélico em 1957, Antônio Martins Villas Boas, que também buscava incorporar sua fé em seu trabalho. A presença de líderes evangélicos na política brasileira, tanto apoiando quanto sendo apoiados por políticos, é uma realidade que continua a ganhar relevância.
A indicação e aprovação de André Mendonça como ministro do Supremo Tribunal Federal representam a influência significativa da comunidade evangélica na política brasileira e reforçam a importância da religião na tomada de decisões do governo. Este acontecimento também evidencia a busca de representatividade e influência de grupos religiosos em instituições fundamentais para o país.