Impasse sobre reajuste salarial mantém greve nas universidades federais em todo o país

O Ministério da Gestão e da Inovação se reuniu nesta segunda-feira (3) com entidades sindicais que representam as universidades e institutos federais em greve para discutir a proposta de reajuste salarial. No entanto, o impasse entre o governo federal e os sindicatos de professores federais e técnicos administrativos em educação persiste e a greve, iniciada em 15 de abril, continua.

Na última semana, a Justiça suspendeu um acordo firmado entre o governo e o Proifes-Federação (Federação de Sindicatos de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico) para encerrar a greve. O juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara da Justiça Federal de Sergipe, negou a possibilidade de a federação negociar em nome de docentes que não são seus membros.

O Proifes-Federação havia aceitado uma proposta do governo que previa reajustes apenas em 2025 (9%) e em 2026 (3,5%), enquanto o Andes propôs reajustes de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. O governo argumenta que não há margem para reajuste em 2024, mas propõe reajustar os “steps” da carreira dos docentes até 2026.

Segundo o secretário de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, José Lopez Feijóo, as medidas propostas pelo governo visam melhorar a remuneração dos professores. No entanto, os sindicatos, como o Sinasefe, acusam o governo de assédio contra os servidores grevistas e defendem o direito à greve como legítimo.

A professora de Jornalismo na Universidade de Brasília (UnB) e participante do Comando Nacional de Greve do Andes-SN, Liliane Machado, criticou o acordo do governo com o Proifes, argumentando que a federação não representa a maioria dos docentes federais em greve. Ela destacou a insatisfação da categoria com as propostas apresentadas e a resistência em encerrar a greve sem um acordo satisfatório.

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