Hungria assume presidência do Conselho da UE em meio a divergências com capitais europeias: semestre delicado se inicia em 1º de julho.

A partir de 1º de julho, a Hungria, sob o comando do nacionalista Viktor Orban, assumirá a presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE), marcando o início de um semestre que se prevê turbulento devido às discordâncias entre Budapeste e algumas capitais europeias.

Esta posição estratégica no Conselho da UE permitirá que a Hungria influencie a agenda das reuniões, as pautas e os temas considerados prioritários durante os próximos seis meses. No entanto, a visão muitas vezes contrária de Orban em relação a questões-chave da União Europeia, como migração e direitos fundamentais, tem gerado tensões com outros países membros, o que pode complicar a atuação húngara no comando do Conselho.

Viktor Orban, que está no poder há 14 anos, é conhecido por sua postura nacionalista e suas políticas conservadoras, o que o coloca em desacordo com a tendência mais integracionista de muitos países europeus. Sua presidência do Conselho da UE será acompanhada de perto por líderes de outras nações, que estarão atentos às decisões e posicionamentos do governo húngaro.

Além disso, a Hungria enfrenta desafios internos, como críticas relacionadas à democracia, liberdade de imprensa e direitos humanos, o que pode gerar pressões adicionais durante a presidência no Conselho da UE.

Com todas essas variáveis em jogo, o semestre em que a Hungria assumirá a presidência do Conselho da UE se desenha como um período crucial para o futuro da União Europeia, com possíveis impactos significativos nas relações entre os países membros e nas políticas adotadas pelo bloco.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo